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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O segredo dos mórmons


Eles estão por toda a parte. São tão bons de papo que já conquistaram o Brasil, 3º país com maior número de seguidores.


 POR Redação Super






Edição 241
Julho de 2007
Texto Nina Weingrill


Um verdadeiro exército de garotos recatados, vindos do interior dos EUA, deve estar andando agora pelas ruas da sua cidade. Sorridentes, eles vestem camisas brancas bem passadas, seguram um livro debaixo do braço e têm como missão levar – provavelmente até a porta da sua casa – o que acreditam ser a verdadeira religião de Jesus Cristo. Eles são da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e mais conhecidos como mórmons.




Há 177 anos, os mórmons treinam e enviam missionários para converter pessoas ao redor do mundo. Com uma boa dose de perseverança, esses meninos espalhados por aí conseguiram fazer com que a religião crescesse em progressão geométrica. “É bem possível que, daqui a 40 anos, 1 em cada 20 americanos seja mórmon e o mundo tenha cerca de 50 milhões deles”, afirma Rodney Stark, professor de sociologia da Universidade de Baylor, no Texas. Hoje, eles são 12,2 milhões. E estão muito perto de ser a segunda religião da história a ter pelo menos uma congregação em cada país do planeta – logo depois dos católicos.


Segundo Frank Usarski, professor de ciência da religião da PUC-SP, isso é resultado de “um esquema de missionários muito potente, em que a oferta define a demanda, e não o contrário”. Ou seja: esses meninos de camisa branca fazem toda a diferença. No Brasil, por exemplo, há duas vezes mais mórmons missionários do que evangélicos com a mesma função. Segundo dados do IBGE, em 2000, a Igreja tinha cerca 200 000 adeptos em todo o país. Praticamente o dobro de praticantes de candomblé e 3 vezes o número de judeus. O resultado do trabalho dos missionários é que já somos o 3º país com maior número de fiéis da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todo o mundo. Pode ter certeza de que falta bem pouco para um desses moços tocar a sua campainha.
Quem são eles
Os mórmons são orgulhosamente americanos. Tanto quanto o McDonald’s e a Coca-Cola. Eles acreditam, inclusive, que Jesus Cristo deu as caras, em carne e osso, na terra de Tio Sam logo depois de ressuscitar em Jerusalém.
Quem disse isso foi o então adolescente nova-iorquino Joseph Smith, em 1820, o primeiro profeta mórmon. Cristo, após a crucificação, teria subido ao céu e retornado, dias depois, ao seu corpo. Ficou aqui na Terra mais 40 dias, tendo reaparecido nos EUA, na região do Missouri. Smith jura de pés juntos que ouviu de um anjo a informação de que povos que viveram séculos atrás nos EUA receberam esse Cristo ressuscitado. O período teria ficado registrado em placas de ouro escritas por profetas que acompanharam Jesus no continente. Essas placas desapareceram – elas teriam sido levadas de volta a Deus pelas mãos do mesmo anjo. Um dos profetas, chamado Mórmon, compilou todos os relatos das placas e Smith, 18 séculos depois, teria recebido a missão divina de reescrever essa intrincada narrativa. Ele demorou 10 anos para publicar seus escritos, que deram origem ao Livro de Mórmon, impresso que, ao lado da Bíblia, orienta a religião até hoje.
Com o livro debaixo do braço, Smith foi o primeiro missionário da Igreja. A mensagem de que sua “bíblia” seria o capítulo seguinte ao Novo Testamento conquistou não apenas seguidores como também inimigos políticos e religiosos. Os dirigentes da Igreja nunca se entenderam com o governo americano e com a ética protestante, dominante no país no século 19. “Os mórmons se afirmavam como os donos da verdadeira palavra de Jesus Cristo e isso alfinetava o protestantismo”, diz John Gordon Melton, professor de estudos religiosos da cultura americana da Universidade de Indiana. Fora isso, tinha também o lado político da coisa. Smith era um líder carismático e estava doido para concorrer à Presidência dos EUA, o que incomodava bastante as autoridades.
Os mórmons foram vítimas de centenas de atos de segregação, como incêndios de caravanas lideradas por missionários e peregrinos. Até que Joseph Smith acabou assassinado dentro da cela onde estava preso, em Illinois. Em seu lugar, quem assumiu como líder foi Brigham Young, considerado o segundo profeta.
Caras-pintadas


Dispersos por cidades do Missouri, Illinois e Iowa – região central –, mórmons americanos e europeus convertidos se juntaram rumo a Utah, local ainda alheio ao comando dos EUA em 1844, uma vez que o governo se concentrava na costa leste do país. O marco dessa trajetória foi a construção de um templo em torno de um lago salgado existente no que hoje é a cidade de Salt Lake, norte do estado.
Até que o clima entre os mórmons e o governo americano arrefecesse, episódios bárbaros aconteceram. E o que acabou surgindo foi uma curiosa irmandade: mórmons e índios. Em meados de 1850, os peles-vermelhas se aliaram aos loiros-de-olhos-azuis no papel de oprimidos, para guerrear. Não eram incomuns ataques a cavalarias do governo executados em conjunto. Mórmons chegavam a pintar o rosto com tinta preta, simulando características étnicas de índios, enfiando-se como lobos entre as formações rochosas da região e desnorteando as caravanas que vinham do leste do país.
Poligamia
A antipatia que os mórmons despertavam na época também tem muito a ver com uma prática que até hoje provoca polêmica: a poligamia masculina. Segundo Joseph Smith, foi Deus quem lhe revelou que um homem poderia ter várias mulheres. Portanto, isso deveria tornar-se regra dentro da comunidade. Numa época em que o puritanismo tomava conta da sociedade americana, essa idéia realmente não devia pegar muito bem. Alguns historiadores explicam que o comportamento era uma resposta ao fato de que o homem era constantemente convidado a deixar sua casa e partir para missões. O resultado: mulheres desamparadas e sem condições de se sustentar.
Ainda que Smith e Young, seu sucessor, fossem simpáticos à poligamia, a prática acabou fazendo com que aparecessem dissidentes dentro da própria doutrina. Alguns deles chegaram até a denunciar um suposto assédio do líder às esposas de membros da Igreja.
A prática causou tanto falatório que acabou sendo extinta e proibida oficialmente entre os praticantes da religião a partir de uma nova “revelação divina” em 1890. Mesmo assim dizem que até hoje há religiosos que se declaram mórmons e praticam a poligamia por aí. Um exemplo é a Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – para conseguirem ter mais de uma mulher, esses dissidentes apenas acrescentaram a palavra “fundamentalista” ao nome original mórmon, e fundaram outra Igreja.
Você pode ser Deus
Mas em que os mórmons acreditam? Um dos principais pilares da crença é que cada um de nós pode se tornar Deus. Para Joseph Smith, “Deus foi antes o que somos agora”. O que quer dizer que, ao seguir os mandamentos eclesiásticos, todo homem seria capaz de chegar à divindade. Isso inclui eu e você.

A salvação entre os mórmons se dá por meio do batismo. “Na hora do julgamento final, Jesus voltará para a Terra e decidirá quem irá para o paraíso. Os escolhidos serão os batizados e seguidores de sua verdadeira doutrina”, afirma Nei Tobias Garcia, do Departamento de Assuntos Públicos da sede da Igreja no Brasil. Para garantir um lugarzinho para entes queridos, é possível batizar até mesmo quem já morreu. Essa prática incentivou a criação de um Centro de Estudos da Família, que mapeia a árvore genealógica de famílias do mundo todo. Cerca de 200 milhões de pessoas mortas já foram batizadas, incluindo Buda, todos os papas, Shakespeare, Einstein e até Elvis Presley. É bom lembrar que isso não garante que nenhum deles seja um mórmon. “Quando chegar a hora do julgamento, eles vão decidir se desejam fazer parte da Igreja, mas pelo menos lhes damos a oportunidade de escolher”, completa.
O batismo também é uma forma de manutenção de uma das instituições mais importantes para os mórmons: a família. Para eles, as famílias vivem juntas pela eternidade.
A importância da família é tão grande que os seguidores são incentivados a ter muitos e muitos filhos – depois do casamento, claro. A taxa de nascimentos entre membros é 50% mais alta do que a média nacional americana.
Quanto a restrições, até que eles nem são tão rígidos. Só não devem ingerir álcool, drogas e nada que contenha cafeína – nem chá preto, muito menos a americaníssima Coca-Cola, veja que ironia.
Os mórmons também trabalham duro, e muito. Seguem direitinho o ditado de que exercer rigorosamente o ofício enobrece. No livro “A Religião Americana”, não traduzido para o português, o autor Harold Bloom, professor da Universidade Yale, conclui que foi justamente esse preceito que fez com que os mórmons se tornassem a comunidade mais viciada em trabalho na história da religiões. Segundo análise publicada pela revista Time, se a Igreja fosse uma corporação, seguramente estaria entre as 500 mais ricas do mundo, maior que empresas como a Nike e a Gap. O patrimônio estimado da Igreja de acordo com a mesma revista americana ficaria por volta de US$ 30 bilhões.
Meninos de camisa branca
O segredo de todo esse sucesso é a doutrina da peregrinação. Ou seja: espalhar missionários seriamente comprometidos por todos os cantos. Assim, a maioria dos jovens mórmons, ao atingir 19 anos, sai para cumprir sua missão. Não é uma obrigação, mas cerca de 60% vão. A sede da Igreja nos EUA recebe a ficha dos interessados.“O bom de estar em missão é que todos da Igreja o acolhem bem, não importa onde esteja”, afirma Eric Portes, mórmon que atualmente cumpre missão em São Paulo.

O treinamento que acontece antes da missão é feito em um dos Centros de Treinamento de Missionários, ou CTM. O principal deles fica em Provo, Utah, onde os garotos que já sabem onde irão servir seguem para passar de 3 a 12 semanas. Lá, aprendem a língua do país para onde irão, técnicas de abordagem, temas que devem ensinar e instruções para planejar melhor o tempo.
Durante a missão, eles ficam isolados do resto do mundo para poder se concentrar no principal objetivo: falar com as pessoas para que elas conheçam a Igreja, e talvez convertê-las. Durante o tempo todo em que estão servindo, o contato com a família é restrito. O telefone só é usado em duas ocasiões especiais: no Natal e no Dia das Mães. O trabalho é pesado e a folga só acontece uma vez por semana, quando podem lavar a roupa, arrumar a casa e escrever cartas. Namorar, nem pensar.
Os mórmons ensinam uma religião, mas seus princípios não são só sobre o paraíso. São também sobre a organização econômica e social que uns devem ter com os outros. No Brasil, essa propagação tem dado resultado porque, ao “contrário da religião católica, que sofreu uma saturação, os mórmons têm espaço para conquistar novos adeptos que se sentem familiarizados e até atraí-dos pelo modo americano de vida”, afirma Gordon. Que os americanos fazem sucesso por aqui, não há dúvida. A novidade é que agora é sem Coca-Cola.

The book is on the table
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias treina, em Utah (EUA), missionários que irão para todas as partes do mundo. Para chegar lá, esses meninos precisam aprender os mais diversos idiomas – e o método para ensiná-los é um dos mais bem guardados segredos dos mórmons. Quer dizer, nem tanto. Carlos Wizard, um ex-missionário, usou esse método para abrir, em 1987, a primeira filial da escola Wizard, em Campinas (SP). Um dos macetes é a memorização de palavras por meio da repetição. Em cerca de dois meses, dizem, missionários saem dos EUA falando a língua desejada. Por aqui, quem quiser aprender o básico vai ter que se contentar com 6 meses de estudo – no mínimo.

Quem são os caras

PRESIDENTE - O atual presidente, Gordon Hinckley, assumiu o cargo vitalício em 1995. Hoje com 98 anos, ele é a autoridade máxima da Igreja e é considerado um profeta.
PRIMEIROS PRESIDENTES - Dois homens atuam como conselheiros diretos da autoridade máxima da Igreja. São chamados de Primeiros Presidentes.
DOZE APÓSTOLOS - A Igreja é comandada pelos 12 Apóstolos, escolhidos pelo presidente. O mais velho deles é seu sucessor natural.
QUÓRUM DOS 70 - Autoridades responsáveis em cada região do mundo em que a Igreja atua.

Ttoma lá, dá cá

Veja o que a doutrina mórmon oferece (e a que preço)
Você ganha
• Uma vaga no paraíso (só depende de você).
• A oportunidade de ficar com a sua família durante toda a eternidade.
• Uma cadeira ao lado de Deus para sempre.
• A chance de morar em outra cidade, estado ou país pagando pouco.
Você perde
• Todas as biritas, uma vez que o álcool é vetado.
• Coca-Cola, além de todas as bebidas que tiverem cafeína.
• Sexo antes do casamento (dar amassos também não pode).
• Cigarros (nenhum tipo, nem os de cravo).

Para saber mais

Nosso Legado: Resumo da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1996.
O Livro de Mórmon: Outro Testamento de Jesus Cristo.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1995.
Pela Bandeira do Paraíso: Uma História de Fé e Violência.
Jon Krakauer, Companhia das Letras, 2003

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

HIDROESTESIA

O que é Hidroestesia?




São pessoas que descobrem a sensibilidade que pode ajudar dezenas de famílias que sofrem com a falta de água na região semi-árida. 


A hidroestesia é a sensibilidade que algumas pessoas possuem para identificar a existência de fontes de água no subsolo.

A pessoa que tem essa facilidade é chamada popularmente de “vedor d’ água”. Ela usa uma vara que funciona como um ponteiro ligado a um instrumento, que no caso é o organismo humano, que indica onde se encontra o líquido.

De acordo com a cartilha “A busca da água no Sertão com a vara indicadora”, de João Gnadlinger, nos últimos anos, a Hidroestesia vem sendo estudada por pesquisadores da Universidade de Munique, na Alemanha. E, até o momento, resumidamente, teria se chegado a seguinte conclusão: “Existe a hipótese de que o ser humano possui uma sensibilidade biológica de reagir a campos eletromagnéticos que se encontram na natureza e certos homens e mulheres a possuem de maneira mais expressiva que outros”.

Para o agricultor Cícero Bento Policarpo Filho, da cidade de Buíque, no interior de Pernambuco, muita coisa mudou em sua vida depois da descoberta de sua capacidade de identificar água no subsolo.

Ele participou de um curso de formação de lavradores em Juazeiro, na Bahia, quando foram feitos alguns testes ligados a Hidroestesia, e três dos 63 participantes demonstraram a sensibilidade.o Curso aconteceu há mais de 5 anos.

“A partir daí surgiram muitas viagens para mim. Estou participando de mais cursos sobre o tema. A comunidade ficou me procurando. Achei ótimo e, apesar de não estar preparado, senti que melhorou minha auto- estima”, conta.

Ele diz que a Hidrostesia serve, além de localizar a água, para educar às pessoas sobre o uso desse líquido fundamental à vida. “Todos têm direito à água. Por isso, nada de trabalho individual, só coletivo: como locais para poços e cacimbas”.

Cícero explica que só é possível fazer uma localização por dia, devido ao gasto de energia psicológica e física para isso.

“No local, converso com a comunidade beneficiada, olho o terreno e, depois, fico sozinho para que haja uma maior concentração. Faço alongamentos para relaxar e volto meu pensamento para a água. Nesse momento, não posso pensar em outra coisa”. O agricultor conta que o seu maior sonho é mostrar às pessoas que é viável viver no semi- árido.

“Gostaria de tirar o retrato do sofrimento e colocar o da convivência com o semiárido”, finaliza.

Fonte: caritas








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OUTROS ARTIGOS SOBRE O ASSUNTO



Como funcionam as forquilhas para achar água?



Fonte: revista Mundo Estranho


Na teoria, a técnica é bem simples. Basta segurar a forquilha, de madeira ou de outro material, com as palmas da mão para cima, fazendo uma pequena pressão para entortar as extremidades para fora. Quando a ponta da vareta se mexer é porque você está passando por cima de água subterrânea. Bem, pelo menos é nisso que acreditam o adeptos da chamada radiestesia, palavra que significa "sensibilidade às radiações" em sua origem grega. "Isso funciona porque todas as pessoas têm a capacidade de perceber, inconscientemente, as radiações do ambiente, como as que são produzidas pela água em movimento. Elas geram impulsos musculares que acabam se refletindo na forquilha", afirma Sérgio Areia, presidente da Associação Brasileira de Radiestesia (Abrad).

O problema é que a ciência até hoje não conseguiu comprovar se essa técnica realmente funciona. Mesmo assim, quem bota fé no método acha que as pessoas podem aperfeiçoar sua sensibilidade natural a ponto de fazerem descobertas cada vez mais precisas. Seria possível, por exemplo, estabelecer a profundidade do lençol freático a partir do número de vezes que a forquilha se mexe. Os céticos duvidam. "Como não é difícil encontrar água a profundidades de até 200 metros, fica parecendo que o método funciona. Mas já fizemos vários experimentos e a forquilha nunca deu resultado", diz o engenheiro Daniel Sottomaior, da USP. Também vale lembrar que, até agora, ninguém conseguiu medir o campo magnético que emana da água em movimento, nem demonstrar que a sensibilidade humana para essa radiação realmente existe.





Energia misteriosa

Objeto indicaria o campo magnético de lençóis freáticos, o que a ciência não consegue comprovar.

1. Os adeptos da radiestesia, ciência oculta que investiga a suposta sensibilidade humana às radiações, dizem que a água em movimento, é capaz de formar um campo eletromagnético. Ele seria tão fraco que é impossível medi-lo por aparelhos convencionais. Mas pode ser percebido com a ajuda da forquilha

2. Supostamente, todos nós temos uma capacidade inconsciente de perceber fontes de energia radioativa e de detectar campos eletromagnéticos ocultos. Essa energia seria captada por biossensores, ainda não identificados no organismo, que em tese transmitiriam a informação para os músculos do corpo

3. Os músculos passariam a fazer movimentos imperceptíveis a olho nu. A vareta tornaria essas microvibrações visíveis, indicando a localização de um lençol freático subterrâneo. Segundo os defensores da técnica, quem manipula a forquilha é capaz de associar esse movimento com a presença de água com 100% de acerto após algum tempo de prática

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

CONSPIRAÇÕES ALIENÍGENAS

Híbridos de ETs e humanos vivem entre nós?


Dizem os especialistas que não é de hoje que os alienígenas vêm transando com terráqueos e produzindo uma nova geração que vai dominar o mundo. Por isso, desconfie de festas estranhas com gente esquisita





POR Redação Super
Que o mundo está cheio de gente estranha, disso a gente está cansado de saber. Gente feia demais, bonita demais. Inteligente demais, inocente demais. Pois é. Mas o que, para a maioria das pessoas, poderiam ser considerados simples traços físicos ou de personalidade, para os conspirólogos de plantão podem ser pistas que nos levam a seres híbridos. Em outras palavras, seres resultantes de cruzamentos de ETs com humanos.
Segundo explica a ufologia, os híbridos são criaturas que vivem entre nós já faz um tempão. E se você pensou que esses mutantes são verdinhos e chifrudos, esqueça, caro leitor. Fisicamente, eles seriam iguaizinhos a nós, reles mortais. Só que com poderes especiais, como telepatia e leitura de mentes, por exemplo. Portanto, identificar um híbrido é tarefa para especialistas no assunto.
O escritor inglês David Icke, por exemplo, se diz bom nisso. Ele afirma com todas as letras que os ETs da raça reptiliana – répteis bípedes, com asas nas costas e rabos de lagarto – estão entre nós há mais de 10 000 anos transando adoidado com terráqueas. Seus filhos, netos, bisnetos e por aí vai seriam aqueles que controlam o destino do planeta: bancos, indústrias, mídia e governos. Quer ver exemplos de reptilianos capazes de mudar de forma? A rainha Elizabeth II, da Inglaterra, e o presidente americano George W. Bush. Alguns seguidores da teoria de Icke garantem que a morte da princesa Diana teria sido um ritual de sacrifício aos lagartões espaciais.
Mas o que os ETs ganham enchendo a Terra de filhotes? A principal explicação dos ufólogos é preparar o terreno para a dominação total alienígena. A tese é defendida por David M. Jacobs, professor de História na Filadélfia (EUA) e autor do livro A Ameaça - Relatório Secreto: Objetivos e Planos dos Alienígenas. “O propósito alien é essencialmente gerar híbridos, por meio da mistura dos materiais genéticos deles com os dos humanos. Depois, eles integram estes seres na nossa sociedade até que restem apenas híbridos, sob completo domínio e controle dos próprios aliens”, explica Jacobs. “Estes híbridos podem apresentar emoções humanas, mas a lealdade deles pertence a seus criadores.” Segundo Jacobs, o cruzamento se dá por inseminação artificial e não por relações sexuais propriamente ditas. Homens ou mulheres escolhidos seriam abduzidos, levados à nave e, lá, teriam seus óvulos ou espermatozóides retirados para inseminação. Normalmente, quem gesta o bebê é uma humana, que dá à luz na nave.
Para Jacobs, o objetivo máximo dos aliens é a integração na sociedade humana. Para chegar lá, existiriam quatro programas: Programa de Abdução, que envolve indivíduos humanos selecionados para serem abduzidos de todas as partes do mundo; Programa de Procriação, que é o processo em que os aliens coletam óvulos e esperma humanos, alteram geneticamente o embrião fertilizado, incubam os fetos em hospedeiras humanas e fazem com que humanos interajam física e mentalmente com a prole para um apropriado desenvolvimento do híbrido; Programa de Hibridização, em que os aliens aperfeiçoam os híbridos para torná-los cada vez mais humanos, porém, com poderes extraterrestres; Programa de Integração, para quando, finalmente, os aliens assumirem o controle da nossa sociedade.
CASO SHANE
Na noite de 2 de maio de 1968, a jovem Shane Kurz, de Westmoreland, Nova York (EUA) teria visto um objeto cilíndrico no céu, caindo em sono profundo meia hora depois. Na manhã seguinte, Shane estava deitada na cama e a porta da frente da casa estava aberta. O chão tinha marcas de pegadas de lama e seus chinelos também estavam sujos. “Dois dias depois”, contou Shane, “percebi duas marcas avermelhadas no meu abdômen e uma linha no meu umbigo”. Em 1975, sob hipnose, ela se lembrou de alguns fatos. Recordou ter ouvido uma voz e ter visto uma luz no seu quarto. Depois, andou para um local lamacento próximo à sua casa. Lá, um feixe de luz quente a teria levado para o interior de um Ovni. Dentro dele, entrou numa sala parecida com um consultório médico. Um ser de olhos negros e sem nariz teria lhe dito: “Você é especial”, ordenando que ela tirasse a blusa e deitasse numa mesa. Esse ser, que Shane pensa ser o médico, teria lhe dito que ela era uma boa reprodutora. O tal médico levou a moça até uma outra sala onde uma agulha teria sido inserida no seu umbigo. Um humanóide consumou o ato sexual, dizendo que ela seria a mãe de um filho seu e logo não se lembraria de nada.
SEXO NO BRASIL
Um caso narrado para o site Ufogenesis foi o do brasileiro Joselino de Mattos. Na noite de 13 de abril de 1979, ele teria sido levado à bordo do objeto e ficado numa “sala de hospital”, onde vários humanóides teriam recolhido amostras de seu sêmen. Depois, Joselino teria mantido relações com uma mulher, que soltou a seguinte frase após o sexo: “Talvez uma semente sobreviva.”
Outro reprodutor humano e brasileiro foi o agricultor Antonio Villas-Boas, abduzido em outubro de 1957. Ele contou que foi levado para uma nave, onde ETs tiraram sua roupa, passaram óleo em seu corpo e o levaram para um quarto. Alguns minutos depois, uma mulher nua, de cabelos loiros, com olhos finos entrou no quarto. Sem dizer uma palavra, ela e Villas-Boas teriam mantido relações sexuais – sem se beijar na boca, bem entendido. Após a segunda vez, a mulher teria coletado o sêmen dele, colocando-o num potinho. Ao partir, ela apontou para a sua própria barriga e depois para o céu, como se quisesse dizer que o seu filho nasceria em um outro planeta.
Quando se trata de reprodução sem contato sexual, normalmente, os abduzidos narram a seguinte história: são levados contra a vontade para um cômodo da nave, onde são obrigados a tirar a roupa. Numa outra sala, são submetidos a vários exames por apalpação e instrumentais. Os homens são excitados sexualmente e têm o sêmen retirado na hora da ejaculação; já as mulheres têm um óvulo retirado por um instrumento que atravessa o umbigo. Em certos casos, um feto é implantado. Dias depois, estas mulheres, surpreendentemente constatam que estão grávidas – só que em breve elas são novamente levadas para um Ovni, onde o feto é extraído e criado em condições especiais.
Segundo David Jacobs, os alienígenas vêm advertindo com veemência aos acontecimentos catastróficos que a Terra viverá no dia em que eles forem maioria por aqui. Mas onde será que eles estão? Há quem jure que os híbridos têm inúmeros disfarces. Um dos mais corriqueiros seria o de técnico de computadores. Aqueles gentis rapazes que consertam as máquinas das empresas, sabe? Cuidado com eles, incauto leitor...

Eu acredito!

"Tudo começou quando minha tia me indicou um certo ET para me curar daquilo que chamamos de ‘olho gordo’. De costas para a entrada, ele me recebeu como se já soubesse o que eu queria. Pediu para que eu me sentasse numa cadeira, colocou a mão direita em minha cabeça e proferiu algumas palavras. Disse que eu tentasse me livrar de todos os pensamentos. Ao final, escreveu uma frase num guardanapo, me explicou que era um mantra e pediu para que eu dissesse a frase todas as manhãs. Mais de dez anos depois, fui convidado a relatar esta experiência. Um amigo me confirmou a existência de seres não humanos entre nós. Eles se apropriam de corpos para realizar suas missões por aqui."
Marco Bonito é professor, especialista em comunicação digital e dá aulas de jornalismo on line.
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Saiba mais em: revista Superinteressante edição 205a Outubro de 2004

sábado, 26 de dezembro de 2015

ANJOS EM NOSSA VIDA

Os anjos e o nosso anjo


Por Pedro Barreto Celestino

Deus deu a cada homem um anjo que o acompanha e o guarda em todos os seus caminhos. Mas, quem são, que faculdades têm e como atuam esses seres invisíveis? Aproveitando a festividade dos três únicos anjos nomeados na Sagrada Escritura - Miguel, Gabriel e Rafael -, descobriremos neste artigo um pouco da doutrina católica sobre esses espíritos puros, bons e maus, bem como os meios de reservar no nosso coração e nas nossas idas e vindas um lugar para os santos anjos.




DE ANJOS E DRAGÕES


Numa fábula moderna, intitulada O dragão que tomava café, conta um poeta que “numa imensa e escura floresta vivia um dragão que cuspia veneno e soprava fogo pelas narinas e devorava homens e anishy;mais; em suma, comportava-se de maneira deplorável”. Certo dia, uma menina embrenhou-se na floresshy;ta a colher amoras, e quando se deu conta já começa a escurecer, e o único caminho direto de volta a casa passava precisamente junto do lugar onde espreitava o dragão. Mas a perspectiva de toda uma noite sozinha na floresta aterrorizava-a mais ainda, e também temia causar preocupações aos seus pais; Assim, decidiu tomar esse caminho. Antes, porém, lembrou-se de pedir ao seu Anjo da Guarda que a protegesse e a conduzisse sã e salva a casa.


Mal formulou esse pensamento, o anjo apareceu ao, seu lado:

“Boa noite”, disse. “Este é o caminho onde espreita o dragão”.

“Eu sei”, respondeu a menina, “e também sei que ele é muito antipático e devora homens e animais e cospe veneno e solta fogo pelas narinas. Isso é muito feio, mas tenho que ir por esse caminho porque senão vou chegar tarde demais a casa. Além disso, pensei que você me protegeria”.

“É claro que o farei. Estarei atento e o dragão não poderá devorá-la. Mas você terá de vê-lo se passar por este caminho e se assustará profundamente. É por isso que eu preferiria que você fosse por outra vereda”.

“Mas eu queria estar em casa antes da noite, e se você me proteger, acho que tudo dará certo; além disso, talvez o dragão tenha ido passear no momento e eu nem tenha de vê-lo”.

“Muitos dizem isso quando enveredam pelos caminhos dos dragões”, comentou o anjo. “Mas o dragão não saiu a passeio; está onde costuma estar sempre, e você terá de vê-lo”.

“Mas isso é horrível”, exclamou a menina. “Que posso fazer?”

“Você terá de pensar no seu Anjo e não pode ter medo. Veja bem, minha criança, com os dragões é assim: não se pode temê-los, e quando a gente não os teme eles encolhem e se tornam pequeninos, e já de nada lhes adianta cuspir veneno e soprar fogo”.

“Vou tentar, vou pensar em você e não terei medo nenhum”, disse a menina e avançou corajosamente, segurando a cesta, em direção à sombra escura dos pinheiros. O anjo desapareceu da sua vista, mas na realidade continuava ali, seguindo-a pelo caminho, pois era o seu Anjo da Guarda.

Não demorou muito e logo ela pôde ouvir uma tosse e uns espirros muito altos e desabridos. Era o dragão. Ao dobrar a quina de um rochedo, a menina viu-o de repente diante dela: era realmente um horror. Jazia esticado no chão com o seu monstruoso corpo de serpente e batia na terra com a ponta da sua enorme cauda recoberta de escamas esverdeadas. A menina assustou-se muito, mas pensou no seu Anjo da Guarda e procurou não sentir medo. Lembrando-se de que o anjo lhe tinha prometido que não lhe sucederia nenhum mal, interpelou a fera:

“Não é nada bonito o que você faz. Deixe-me passar”.

“Não deixarei, não”, respondeu-lhe o dragão, deitando-se sobre a estrada.

“Diga-me, por que você devora homens e animais?”, perguntou-lhe ela. “Você gosta de que as pessoas tenham medo de você? Eu não quereria viver assim! Será que você não poderia contentar-se com café com biscoitos?

“Café com biscoitos?”, perguntou o dragão, confundido. Nunca lhe haviam oferecido isso antes.

“Sim, café com biscoitos”, disse a menina. “É muito gostoso. Tolice sua não gostar disso. Vou-lhe dar um pouco do meu café e dos meus biscoitos, pois ainda tenho um pouco de cada na minha térmica e no meu cestinho. Vou colocá-los aí no caminho e você poderá servir-se. Mas tem de me deixar passar”.

“Eu vou é devorar você”, disse o dragão. “Veja como bato as minhas asas: vou agarrá-la e despedacá-la em pleno ar”.

“Ora, você nem consegue voar direito”, disse a menina, com o coração batendo forte, forte, no seu peito; “para se poder voar direto para o sol, é precisso ser um pássaro ou um anjo de asas de prata. As suas são curtas demais para voar para o sol; só servem de enfeite, e nem são tão bonitas assim”.

“Veja como rasgo a terra com as minhas pastas”, urrou o dragão. “Basta um único salto e terei você nas minhas garras”.

Então a menina apertou fortemente as duas mãos sobre o coração e chamou pelo seu Anjo. Mal acabou de fazê-lo, a floresta encheu-se de luz; diante dela encontrava-se o seu Anjo, e ao redor dele muitos outros anjos com espadas de fogo azul nas mãos, impedindo o dragão de avançar. E todo o seu medo havia desaparecido, porque o enorme dragão lhe pareceu de repente minúsculo e ridículo, mais ou menos como um daqueles cachorrinhos que parecem uma linguiça.

“Ora, você e as suas perninhas tortas”, exultou ela, “como você é tolo! Não vê que há anjos em toda a volta que lhe fecham o caminho? Como quer rastejar até mim para me fazer mal? Vamos, deixe de falar bobagens, tome um pouco de café e coma uns biscoitos”.

Quando terminou de dizê-lo, desapareceram os anjos e apagou-se a luz na floresta. Mas o dragão continuou pequenino, e sentou-se junto à garrafa térmica, mergulhou um biscoito no café e começou a comê-lo. Agora se parecia mais ainda com um daqueles cachorrinhos, e a menina não conseguia segurar o riso. Por fim, depois de tê-lo deixado saciar-se dizem que, a partir daquele dia, o dragão passou a seguir o seu conselho e a alimentar-se apenas de café com biscoitos , apanhou as suas coisas e voltou tranquilamente para casal.

Como qualquer outra fábula, este conto não deve ser tomado ao pé da letra; não é verdadeiro no que narra, mas na “moral da história”. Assim como na vida há muitas veredas junto às quais espreitam dragões os perigos físicos, as ocasiões de pecado, as tentações às vezes duras e insistentes , também é verdade que Deus nos deu o seu Anjo para que nos guarde em todos os nossos caminhos (cf. Ex 23, 23), um companheiro capaz de aconselhar-nos nas encruzilhadas, de infundir-nos a coragem necessária para superar as dificuldades e até de intervir ativamente em nosso favor, quando necessário.


PATRIMÔNIO DA FÉ CATÓLICA


Esta crença nos Anjos e na sua intervenção na vida humana é patrimônio da fé católica desde os inícios do cristianismo. Mais ainda, em todos os tempos culturas, os homens sempre acreditaram na existência de seres superiores, invisíveis e benfazejos, colocados entre Deus e o homem.

Não deixou de haver, nos últimos cem anos, cientistas, pensadores e até teólogos que, imbuídos dos preconceitos materialistas ou racionalistas, puseram em dúvida a existência dos espíritos puros, em nome ciência, da razão ou de qualquer outro pretexto. Semelhante atitude não chega propriamente a constituir uma novidade histórica: já Platão se refere aos sofistas que se recusavam a aceitar a existência de qualquer coisa que não fossem “as rochas e os carvalhos”, o mundo material que podemos ver e apalpar, e também nos tempos de Cristo havia os saduceus, que negavam a existência dos anjos.

Por outro lado, a humanidade no seu conjunto parece obedecer a uma espécie de “lei do bêbado”: depois de uma queda para a direita, procura compensá-la inclinando-se para a esquerda, e acaba caindo nessa direção. Assim, às épocas de racionalismo exacerbado e míope, seguem-se outras em que proliferam as mais tresloucadas fantasias e crendices, e a doutrina sobre os anjos é das que mais facilmente se prestam a essas deformações. O nosso tempo inclui-se entre as segundas, a julgar pelo número de “caricaturas” deformadas desses seres não-humanos sob a forma de duendes, gnomos, espíritos “desenshy;carnados”, deidades e extraterrestres que se misturam inextricavelmente nas estantes das livrarias e lojas de bibelôs, bem como nas cabeças de alguns...

É que, sempre que o homem se desliga da lúcida clareza da verdadeira fé, por uma espécie de soberba cega que o faz pensar que dominará o mundo e a sua própria vida unicamente através das suas forças, da ciência, do progresso, das ideologias, acaba depois por recair no irracionalismo e no falso misticismo. Troca a fé na Revelação divina pela superstição.

Mas a superstição não é um substituto para a fé. Não é por cumprir rituais auto-impostos diante de estatuetas colocadas sobre a mesinha de cabeceira ou no desvão da janela que o homem moderno deixa de sentir-se infeliz na sua segurança e desprotegido na solidão da sua independência. É somente uma fé ilustrada, apoiada nos dados firmes e precisos da doutrina cristã, que nos permite compreender realmente a natureza dos anjos e a missão que desempenham na Criação divina em geral e na nossa vida em particular; e é apenas assim que pode nascer em nós a consciência de não estarmos sós, de contarmos com o interesse e a ajuda permanentes de um Amigo que o próprio Deus colocou ao nosso lado.


OS “DEGRAUS DA CRIAÇÃO”


“Basta um simples olhar sobre o mundo para compreendermos por que é razoável que os anjos existam: Há no universo uma gradação de seres que vai dos elementos mais simples ao mais complexo, que é o próprio homem. Há coisas criadas que se assemelham a Deus unicamente por existirem, como as pedras; outras, por viverem, como as plantas e os animais; outras, enfim, por estarem dotadas de razão, como o homem. Mas depois, até chegar a Deus, não haverá mais nada?

Quando nos apercebemos da infinita distância que existe entre o homem e Deus, muito maior do que entre uma planta e um animal, ou entre um animal e o homem, perguntamo-nos por que haveria um vazio tão grande entre o homem e Deus. E surge a convicção de que deve haver seres intermédios, que reflitam a perfeição de Deus muito melhor do que nós os homens.

Basta abandonarmos por um momento o nosso orgulho para admitir que não somos tão perfeitos que seja impensável uma perfeição natural superior nossa, sobretudo quando nos acordam muito cedo ou apanhamos um mero resfriado... O espírito humano, apesar da sua capacidade de pensar, de escolher, de amar, está incompleto sem o corpo, precisa dele para ter sentimentos, para amar com o coração, para conhecer o mundo, e sem ele não pode alcançar a sua perfeição intelectual e moral. Precisamos ver, apalpar, cheirar as coisas para nos certificarmos da sua existência; aprendemos pouco a pouco, penosamente e à custa de muitos erros, que tal e tal coisa deve ser querida, e tal outra evitada; e pagamos ao nosso corpo o tributo do cansaço e da fome, da doença e da morte. Que diferença abismal com o puro Espírito divino, que goza de uma absoluta perfeição!

Tudo nos inclina, pois, a crer na existência de espíritos puros, dotados de inteligência e vontade, que reflitam a essência e a atividade de Deus de maneira mais perfeita que o homem. Sem esses espíritos puros, seres criados acima dos homens e abaixo de Deus, a história da Criação dar-nos-ia a impressão de ter sido interrompida a meio de um capítulo.


OS ANJOS NA BÍBLIA E NA TRADIÇÃO


De qualquer modo, a simples razão natural não pode chegar a demonstrar a existência dos anjos. E não pode porque a sua causa se encontra em Deus, que os criou livremente. Ou seja, tal como se dá com o Universo que conhecemos, Deus tanto podia criá-los como deixar de criá-los: se o fez, foi por pura liberalidade e puro amor, por um desejo de comunicar a outras criaturas uma centelha que fosse da sua Perfeição. Semelhante ato livre, perfeitamente livre, nunca é necessário: não tem que dar-se obrigatoriamente, e não pode ser previsto nem deduzido por nenhum raciocínio científico ou filosófico.

Nós, os cristãos, sabemos com certeza da existência dos anjos pela revelação da Palavra de Deus, contida na Bíblia e na Tradição. Reafirma-o o recente Catecismo da Igreja Católica: “A existência dos seres espirituais não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a este respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição”2.

E o Papa João Paulo II é transparente: “Toda a Tradição da Igreja é unânime em afirmar a existência dos anjos, e teríamos que alterar a própria Escritura Sagrada se quiséssemos eliminar este ensinamento. Com efeito, é verdadeiro afirmar que a nossa fé nos anjos se baseia na Palavra de Deus”3.

No Antigo Testamento vemo-los aparecer já com o relato da criação do céu e da terra, isto é, do mundo invisível e visível (cf. Gên 1, 1). A partir daí, são anjos os que aparecem quando Adão e Eva são expulsos do Paraíso (cf. Gên 3, 24); são anjos os que, depois de visitarem Abraão, se dirigem a Sodoma para avisar Lot do castigo que vai abater-se sobre a cidade (cf. Gên 18, 22); um anjo quem detém o braço do patriarca Abraão, impedindo-o de sacrificar o filho Isaac, e lhe promete a recompensa pela sua obediência a Deus (cf. Gên 22, 15); anjos os que Jacó vê subirem e descerem por uma escada que vai do céu terra (cf. Gên 28, 12)... Um livro inteiro da Bíblia está dedicado a relatar as ajudas de um anjo à família de Tobias, e ele mesmo se apresenta no fim do relato: Eu sou Rafael, um dos sete santos anjos que apresentam as orações dos justos e têm acesso à majestade do Santo (Tob 32, 15).

Mas os anjos continuam a manifestar-se em todo o Novo Testamento. Um anjo anuncia a Maria que foi escolhida para Mãe do Salvador (cf. Lc 1, 11-19); um coro de anjos canta o nascimento de Jesus na noite estrelada do Natal e, pouco depois, um anjo aconselha a Sagrada Família a fugir para o Egito e, mais tarde, a regressar (cf. Mt 2, 13); no Horto das Oliveiras, um anjo consola o Senhor (cf. Lc 22, 43) e, na sua ressurreição, um anjo remove a pedra do sepulcro e fala às santas mulheres (cf. Mt 28, 2-3).

Na sua pregação, Jesus Cristo referiu-se inúmeras vezes aos anjos: Guardai-vos de menosprezar um só destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus (Mt 18, 10); Pensas que não posso invocar meu Pai, que me enviaria imediatamente mais de doze legiões de anjos? (Mt 26, 53); Haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa (Lc 12, 8-9).

E os anjos continuam a manifestar-se na Igreja nascente. Dois homens vestidos de branco (cf. At 1, 10) aparecem aos Apóstolos, enquanto contemplavam a Ascensão do Senhor aos céus, e os consolam anunciando-lhes que esse mesmo Jesus que lhes foi arrebatado voltará do mesmo modo que acabam-de vê-lo subir aos céus; um anjo liberta Pedro da prisão em que Herodes o encerrara (cf. At 12, 5-11), e é um anjo que fere este rei mortalmente, porque não atribuíra a glória a Deus (At 12, 23). E é com anjos que se encerra a Bíblia: o Apocalipse está repleto da presença dos anjos: Porque Deus se comunicou ao seu servo João por intermédio do seu anjo (Apoc 1, 1).

Ao longo dos séculos, os anjos foram tema muito caro aos Santos Padres, aos Concílios, aos teólogos. Toda a Tradição da Igreja é unânime em afirmar a sua existência, a sua ação benfazeja como companheiros e amigos dos homens. O Credo da Igreja é, no fundo, um eco do que São Paulo escreve aos Colossenses:Porque nele (em Cristo) foram criadas todas as coisas do céu e da terra, as visíveis e as invisíveis, os tronos, as dominações, os principados e as potestades(Col 1, 16). E o IV Concílio de Latrão, em 1215, proclama solenemente: No seu poder infinito, Deus criou no princípio do tempo e do nada todas criaturas, tanto as corporais como as espirituais, primeiro as angélicas, depois as corporais e por último o homem, composto de espírito e matéria”. Não é de estranhar, pois, que os Doutores da Igreja tenham posto um cuidado amoroso em estudar a natureza e a ação dos anjos, e que São Tomás de Aquino tenha merecido o título de “Doutor Angélico” pela aguda penetração e beleza das idéias que desenvolve no tratado que lhes dedicou.

Não se trata, portanto, de um mito, mas de uma verdade que, sem constituir o conteúdo central da Palavra de Deus que é Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito homem , é inseparável da Revelação disvina. Deus, que é Espírito absolutamente perfeito, reflete-se sobretudo nos seres espirituais, que constituem o “ambiente” mais próximo do Criador, que são como que a “corte de Deus” e que lhe tributam uma honra e uma glória que nós os homens também, imagem e semelhança inapagável de Deus só podemos tributar de maneira imperfeita.


QUEM SÃO OS ANJOS?


Corno são, que faculdades têm e como atuam esses seres invisíveis?

Apesar da sua grande perfeição, por serem espíritos puros, os anjos são seres criados e, portanto, diferentes de Deus, que é o Espírito Criador a quem servem. Pela mesma razão, não são auto-suficientes, mas dependem, como todas as criaturas, da mão de Deus que lhes deu o ser e os mantém na existência. A sua perfeição e beleza, sendo imensa, é um débil reflexo da infinita perfeição e beleza de Deus.

Como puros espíritos sem carne e sem ossos (Lc 24, 39), não têm tamanho nem forma alguma, porshy;que não têm matéria. São criaturas simples, isto é, não têm partescomo nós: não são constituídos de um corpo e uma alma, que podem separar-se com a mor;te, não têm pernas, mãos, rosto; não têm cor nem peso, nem nada que os nossos sentidos, mesmo auxiliados pelos mais poderosos microscópios, sismógrafos ou sensores de qualquer tipo, possam captar.

() Citando umas palavras de Santo Agostinho, o Catecismo afirma: “A palavra Anjo (mensageiro) é designação de um encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, a resposta será: é um espírito. Se perguntares pelo encargo, é um anjo. É espírito por aquilo que é, enquanto é anjo por aquilo que faz” (Santo Agostinho, Enarr. in Psal., 103, 1, 15; Catecismo da Igreja Católica, n. 329).

Portanto, é impossível imaginá-los com realismo, nem faz muito sentido figurar uma espécie de “matéria mais tênue”, uma “fumaça branca”, um vago perfume ou uma brisa suave, como o faz um autor moderno renomado pela sua confusão mental: “A face do seu anjo está sempre visível quando você vê o mundo com os olhos belos. Ele é este riacho, os trabalhadores no campo, este céu azul. Aquela velha ponte que nos ajuda a atravessar a água, e que foi colocada aqui por mãos anônimas de legionários roshy;manos, também nesta ponte está a face do seu anjo” 4.Tais sentimentalismos vagos são tão sugestivos como desprovidos de qualquer sentido real.

Os anjos tampouco são uma espécie de “energia”, já que todos os tipos de energia estudados pela ciência física pertencem integralmente a este universo material, e os anjos são imateriais. Talvez nos ajude pensar que são como a alma humana depois da morte e antes da ressurreição do corpo, com a diferença de que a alma humana se acha incompleta nesse estado e não goza da plenitude de vida dos anjos.

O Catecismo explica-nos, em resumo: “Enquanto criaturas puramente espirituais,são dotados de inteligencia e de vontade; são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis, e disto dá testemunho o fulgor da sua glória” 5.

É precisamente por não serem materiais que os anjos não estão sujeitos ao tempo, ao espaço ou a qualquer fenômeno físico. Não podem decompor-se ou corromper-se, e são portanto imortais. Nisto reside, aliás, outra grande diferença com relação a Deus, que é eterno: Deus sempre existiu e sempre existirá, ao passo que os anjos tiveram um começo, quando Deus os criou, mas não terão fim.

Mas que pensar deles, quando os vemos aparecer sob figuras diversas e conversar com os homens em muitas situações? Estiveram à porta do paraíso terreno de espada na mão; foram hóspedes de Abraão; um deles acompanhou o jovem Tobias na sua viagem a Gades e foi seu confidente e conselheiro. Tinham corpo, sem dúvida, mas como? Evidentemente, não era um corpo próprio, mas extrínseco, isto é, tiveram que revestir-se dele como quem veste um smoking para assistir a uma recepção. Não eram corpos humanos autênticos e não podiam realizar atos vitais como comer, sofrer, crescer. Quando o velho Tobias quer recompensar o companheiro de viagem do seu filho por tudo o que fez pela família, este diz-lhes:Eu sou o anjo Rafael, um dos sete que assistimos na presença do Senhor (...). Não temais. Quando eu estava convosco, estava por vontade de Deus: rendei-lhe graças, pois, com cânticos de louvor. Parecia-vos que eu comia e bebia convosco, mas o meu alimento é um manjar invisível e a minha bebida não pode ser vista pelos homens (Tob 12, 15-20).

Desprovidos de corpo, os anjos não ocupam espaço. No entanto, têm que estar nalgum lugar, pois de outro modo teriam a ubiqüidade de Deus. Ora bem, estão no lugar em que atuam e só nele, ao passo que Deus está em todo o lugar. Para compreendermos isto, pensemos em primeiro lugar que não faz sentido falar em espaço no caso de uma criatura espiritual: só faz sentido falar de espaço, do tamanho de um corpo, do lugar que ocupa, da distância entre ele e outro, ao tratar de entes materiais.

Por outro lado, como é que se dá então a presença espiritual? Pensemos num projeto arquitetônico, por exemplo numa casa-padrão de planta simples; esse projeto é uma idéia abstrata, uma representação do espírito. Se nos perguntarmos onde está, responderemos em primeiro lugar que se encontra na inteligência do arquiteto que o concebeu; mas logo veremos que também está presente em diversos outros “lugares”, aqueles onde atuou: foi esse projeto que orientou a mão do desenhista que fez as plantas, foi por ele que se guiaram os pedreiros, os eletricistas, os encanadores etc.; e é ele, por fim, quem leva um potencial comprador a dizer: “Mas que boa distribuição tem esta casa!”, ou então: “Que horror!” Podemos dizer, portanto, que o projeto está presente em todos os lugares onde exerce a sua ação.

Evidentemente, a comparação tem as suas limitações. Os anjos têm ser próprio, têm personalidade própria e, portanto, uma ação própria. Estão onde querem estar. Tal como eles mesmos não podem ser percebidos pelos sentidos, também não se percebe diretamente a sua ação; ela só pode ser detectada a partir dos efeitos que produz, tal como o homem da rua avalia um prejeto por meio das casas reais, construídas de acordo com essa concepção.

Se tivermos isto presente, também a maneira como os anjos se movem não apresentará nenhuma dificuldade. Se um anjo em particular assume uma aparência humana, move-se localmente, passo a passo, como um homem; mas se não o assume, como é o normal, está num lugar ou noutro conforme as operações da sua inteligência e da sua vontade, tal como de certa forma nos movemos quando deixamos de lado um assunto e passamos a concentrar a nossa atenção em outro. Ou seja, quando muda de operação, move-se com a rapidez e a facilidade com que pensa ou deseja. O arcanjo Gabriel não chegou a Nazaré extenuado nem Rafael se cansou acompanhando Tobias na sua viagem.



A “SOCIEDADE ANGÉLICA”


Quantos anjos há? O profeta Daniel, ao relatar uma das suas visões, fala de milhares e milhares que serviam a Deus e de milhões e milhões que o assistiam (Dan 7, 10), e o Apocalipse diz: Olhei e ouvi a voz de muitos anjos em volta do trono (...), e era o número deles milhares de milhares (Apoc 5, 11). São Tomás diz que, “quanto mais perfeitas são as criaturas, mais pródigo é Deus em criá-las”, porque refletem melhor a perfeição divina.

Por outro lado, não há dois anjos iguais; cada um é de uma espécie diferente ou, o que é o mesmo, cada espécie angélica é formada por um só anjo. Isto se compreende se voltarmos a ter presente que os anjos são substâncias simples, sem matéria, e portanto cada um deles não pode deixar de ser único: não se multiplica nem se reproduz; não haveria modo de fashy;zê-los diferentes dentro da mesma espécie, porque só a matéria permite individualizar as criaturas.

Talvez isto se torne mais claro se voltarmos ao paralelo que traçamos antes: por mais casas que se construam segundo a mesma planta, o projeto não muda. O que diferenciará uma casa da outra serão o endereço, o material empregado, a cor com que foram pintadas, etc. Portanto, o que individualiza cada casa são as características materiais, acessíveis diretamente aos sentidos; o projeto permanece um só e o mesmo. Mas, se porventura alterarmos o projeto, teremos uma idéia um ente espiritual diferente. Ora, quando falamos em determinada “espécie”, temos em mente uma série de indivíduos feitos de acorshy;do com o mesmo projeto: todas as moscas são moscas, todos os elefantes elefantes. Como os anjos são espirituais, e não têm nenhuma matéria que os individualize, cada um “esgota” a sua espécie: difere tanto dos outros como uma mosca de um elefante.

As implicações que derivam daí, quando pensamos ao mesmo tempo que o número de seres angélicos se conta por milhões e milhões, é para nos deixar boquiabertos. Cada anjo é um reflexo diferente da grandeza e da formosura de Deus, tão diferente cosmo é diferente o perfume exalado por um jasmim, um cravo ou uma rosa. Podemos assim pressentir a infinita riqueza da Luz que inunda os anjos, os seres mais próximos dela, sem que o seu número infindável repita todas as perfeições divinas.

De qualquer modo, a Bíblia menciona diversos grupos de anjos mediante nomes coletivos, dos quais podemos deduzir que estão como que “agrupados em sociedade” 6 e se subdividem em ordens e graus correspondentes à sua perfeição e às tarefas que realizam. Alguns autores antigos, como o Pseudo-Dionísio, chegam a distribuir esses nomes bíblicos por três hierarquias subdivididas em nove coros angélicos.



A primeira hierarquia: compõe-se dos que estão mais próximos de Deus, os Serafins, os Querubins e os Tronos. Os Serafins são a imagem mais perfeita do Amor de Deus, enquanto os Querubins refletem a Sabedoria divina e os Tronos compreendem os juízos de Deus, caracterizando-se pela sua submissão e paz. Toda a atividade desses três coros centra-se na contemplação de Deus pelo amor, pelo conhecimento e pela aceitação rendida da sua Vontade, que transmitem ao resto da Criação.




A segunda hierarquia: compõe-se das Dominações, Virtudes e Potestades. O coro das Dominações ocupa-se do governo dos próprios anjos, aos quais transmitem as ordens de Deus; as Virtudes executam as ordens das Dominações no que diz respeito aos elementos da natureza física, e as Potestades ocupam-se da luta contra os maus espíritos.

A terceira hierarquia: compõe-se dos Principados, Arcanjos e Anjos. Os Principados são os anjos que dirigem os destinos das nações; os Arcanjos, além de comunicarem importantes missões aos homens como no caso da Anunciação a Maria , têm a função de proteger as pessoas que desempenham funções de relevo para a glória de Deus, como o Santo Padre, os bispos e os sacerdotes. Reunidos sob a liderança de São Miguel, têm a missão de defender a Igreja e as verdades da fé. O último coro é o dos Anjos, e é a ele que pertence o nosso Anjo da Guarda pessoal.




Além da festa dos Santos Anjos da Guarda, em 2 de outubro, a Igreja honra com culto litúrgico três figuras de anjos que são os únicos que, a Bíblia designa por um nome. O, primeiro , é o Arcanjo São Miguel, cujo nome significa: “Quem como Deus?” (cf. Dan 10, 13); foi o anjo que comandou as hostes fiéis a Deus contra a rebelião dos anjos maus (cf. Apoc 12, 7). O segundo é o Arcanjo São Gabriel, que foi quem anunciou a Maria a encarnação do Filho de Deus no seu seio (cf. Lc 1, 19-26); significa “o poder de Deus”, como que a dizer que esse mistério é o sinal supremo da onipotência divina. O terceiro é o Arcanjo São Rafael, que significa “Deus cura”, pois serviu de instrumento para devolver a vista ao velho Tobias, demonstrando que o Altíssimo vela pelos seus filhos, os homens, sempre necessitados de cuidados e proteção (cf. Tob 3, 25-12, 15).


O MUNDO INVISÍVEL


Assim são os anjos, seres pessoais, espíritos puros que assistem e glorificam a Deus, e são seus mensageiros junto dos homens. Ao tomarmos consciência deles, não deveria produzir-se uma espécie de “revolução copernicana” na nossa vida interior?

Tendemos a considerar este mundo, o mundo palpável que nos cerca, como o único mundo “real”, o único “que conta”. E tendemos também a cultivar mais ou menos inconscientemente a noção de que é o nosso “eu” quem se encontra entronizado no centro dessa minúscula parcela do universo a que chamamos nossa vida: cabe a nós sozinhos julgá-la com a inteligência, plasmá-la com as nossas opções, governar as circunstâncias mediante os nossos atos.

E agora surge aos olhos da nossa alma um panorama completamente diferente: existe um outro mundo, espiritual, infinitamente mais rico, mais belo e mais perfeito que o nosso. O universo material está para ele assim como uma reprodução grosseira na qual se vêem por toda parte as manchas de tinta e as marcas do pincel está para o quadro original.

Esse mundo entronca-se com o nosso, mas não se confunde com ele. No centro está Cristo: “Cristo é o centro do mundo angélico. Os anjos são seus: Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus anjos... (Mt 25, 31). São seus porque foram criados por e para Ele: Pois foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: tronos, dominações, principados, potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele (Col 1, 16). São seus, mais ainda, porque os fez mensageiros do seu projeto de salvação. Porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?(Hebr 1, 14)”7.

Em torno de Deus, voltados para Deus, estão todos os seres angélicos, dispostos a cumprir em tudo a sua Vontade. Seres para quem as pirâmides do Egito ou a grande muralha da China não passam de um castelo de areia à margem do mar, seres para quem a conquista da Lua ou a engenharia genética não passam do bê-a-bá balbuciante da criança, pois contemplam a estrutura do universo na mente de Deus e assistiram à sua criação e desenvolvimento: o parto das estrelas, o soerguimento das montanhas, a intrincada formação da minúscula formiga...

Diante deles, que somos? Se não fosse pela graça, que nos faz filhos de Deus, deveríamos dizer que não passamos de um punhado de poeira na estrada, de um inseto que zumbe por um momento e logo morre. Pelo nosso corpo estamos, juntamente com as galáxias e os mosquitos, no patamar mais baixo da escada da Criação; pelo nosso espírito, somos imagem e semelhança de Deus, mas ainda em grau menor do que os anjos. Se compreendermos isso, não estaremos em condições de julgar com mais objetividade a real importância dos nossos atos ou dos nossos sofrimentos? E não crescerá até o indizível a nossa admiração diante da grandeza do Altíssimo?

No entanto, por decreto divino, essas criaturas inteligentíssimas e poderosíssimas estão colocadas por Deus ao serviço dos que devem herdar a salvação (Hebr 1, 14). Já vimos o papel que desempenharam na formação e proteção do Povo Eleito, no serviço direto a Cristo e na vida da Igreja ao longo dos séculos. “Em determinados pontos da história da salvação, os anjos desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento dos acontecimentos humanos, e em todas as épocas, juntamente com o resto da Criação, manifestam a Providência amorosa de Deus”8.


Importa, pois, que compreendamos bem esta verdade: nós, os homens, filhos rebeldes e depois resgatados por Cristo, fomos coletiva e individualmente confiados à guarda e proteção desses “Príncipes do céu”. Não será o caso de nos tornarmos mais reconhecidos por essa sua presença benfazeja ao nosso lado?



UM LUGAR NO NOSSO CORAÇÃO


Sempre foi bom para o homem ver-se acompanhado por pessoas que o superassem pela nobreza dos seus ideais, pela sua pureza e virtudes. A sua vida torna-se pobre se só convive com pessoas moralmente inferiores ou iguais. Enriquece-se, pelo contrário, se se relaciona com aqueles de quem pode aprender alguma coisa, imitar em alguma coisa, sentir-se estimulado em alguma coisa. Não lhe estará faltando o incentivo e o apoio que os anjos podem trazer-lhe na sua inclinação para o alto?

E em sentido contrário, esse mesmo homem estacionado na sua independência, orgulhoso das suas possibilidades, não correrá o risco de subestimar-se? O homem não é nem anjo nem animal, dizia Pascal. Desiludido de não ser anjo, não poderá sucumbir à tentação de colocar-se ao nível dos animais, murchando e secando a sua alma solitária? A presença dos anjos, reforçando as inspirações divinas, lhe falará com voz poderosa sobre a incorruptibilidade da sua alma, a sua imortalidade, a eternidade do amor a que é chamado, e cumulá-lo-á de esperança, abrindo-lhe os horizontes a uma existência votada ao louvor de Deus e à amizade definitiva com Ele.

Talvez seja este o atrativo que os anjos sempre exerceram sobre o homem. No mundo angélico, a alma humana não pode deixar de sentir-se a gosto, como se estivesse em casa; ali encontra a comum linguagem do espírito, a rápida compreensão, a fácil simpatia e a inquestionável ajuda que lhe podem permitir ser ele mesmo e sentir-se relaxado e tranqüilo. Porque o melhor do homem reside no espírito.

Sim, há lugar suficiente no universo natural para os anjos. Sem eles, este mundo criado seria um âmbito muito mesquinho. É preciso deixar lugar aos anjos na medida em que o homem percorre os seus dias consciente da sua solidão, da limitação das suas forças, e, ao mesmo tempo, admirado com a sua superioridade sobre o mundo material em que se move.

Sim, no coração dos homens, há espaço suficiente para uns seres que não ocupam lugar.


NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) Cf. Manfred Kyber, Fábulas reunidas, in Das Manfred Kyber Buch, Rowohlt, 1991, págs. 350-354;

(2) Catecismo da Igreja Católica, n. 328;

(3) João Paulo II, Audiência geral, 9.07.1986;

(4) Paulo Coelho, O diário de um mago, Rocco, Rio de Janeiro, 1991, pág. 76;

(5) Catecismo, n. 330;

(6) João Paulo II, Audiência geral, 6.08.1986;

(7) Catecismo, n. 331;

(8) João Paulo II, Audiência geral, 9.07.1986;




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NOMES DOS 72 ANJOS CABALÍSTICOS


1. Vehuiah 2. Jeliel 3. Sitael 4. Elemiah 5. Mahasiah 6. Lelahel 7. Achaiah 8. Cahethel 9. Haziel 10. Aladiah 11. Laoviah 12. Hahahiah 13. lesalel 14. Mebahel 15. Hariel 16. Hakamiah 17. Lauviah 18. Caliel 19. Lieuviah 20. Pahaliah 21. Nelchael 22. leiaiel 23. Melahel 24. Hahiuiah 25. Nith-Haiah 26. Haaiah 27. leratehl 28. Seheiah29. Reyel 30. Omael 31. Lecabel 32. Vasariah 33. lehuiah 34. Lehahiah 35. Chavakiah 36. Menadel 37. Aniel 38. Haamiah 39. Rehael 40. leiazel 41. Hahahel 42. Mikael 43. Veuliah 44. Yelaiah 45. Sealiah 46. Ariel 47. Asaliah 48. Mihael 49. Vehuel 50. Daniel 51. Hahasiah 52. Imamiah 53. Nanael 54. Nithael 55. Mebahiah 56. Poiel 57. Nemamiah 58. leialel 59. Harahel 60. Mitzrael 61. Umabel 62. lah-hel 63. Anuel 64. Mehiel 65. Damabiah 66. Manakel 67. Ayel 68. Habuhiah 69. Rochel 70. Yabamiah 71. Haiaiel 72. Mumiah.

CATEGORIA HIERÁRQUICA dos 72 Anjos Cabalísticos, INFLUÊNCIA de cada ANJO nas características da pessoa, quando está em sintonia com seu Anjo da Guarda, características negativas quando está sob influência do GÊNIO
CONTRÁRIO, Planeta Regente e Salmo e melhor horário para ancoragem:


SERAFINS

Príncipe: Metatron
Ancoragem: Livros/Limpeza
1 - Vehuiah
Auxilia nos assuntos difíceis. Possui capacidade de cura nas mãos.
Gênio Contrário: Influencia causando agressividade, domina as extravagâncias. A pessoa pode ser levada a gastar em excesso.
Planeta: Marte
Salmo 3

2 - Jeliel
Favorece os assuntos judiciais, restabelece a harmonia no lar.
Gênio Contrário: Causa desajuste no lar e nas relações de modo geral.
Planeta: Júpiter
Salmo 21

3 - Sitael
Protege contra assaltos e acidentes. Favorece o magnetismo pessoal e as ciências.
Gênio Contrário: Estimula a mentira e a ingratidão.
Planeta: Sol
Salmo 90

4 - Elemiah
Favorece as viagens e afasta as perturbações.
Gênio Contrário: Incentiva a desonestidade nos negócios.
Planeta: Mercúrio
Salmo 6

5 - Mahasiah
É invocado para harmonia nas relações. Favorece os estudos das ares, filosofia e profissões liberais.
Gênio Contrário: domina a exploração da boa fé e o abuso na alimentação ou bebida.
Planeta: Vênus
Salmo 6

6 - Lelahel
Invocado para a cura de doenças. Ilumina as realizações. Atrai o amor e a fé.
Gênio Contrário: Influencia o mau-caráter e a ambição.
Planeta: Sol
Salmo 9

7 - Achaiah
Favorece a atuação profissional. Auxilia a encontrar a paz de espírito.
Gênio Contrário: Influencia o desleixo.
Planeta: Mercúrio
Salmo 102

8 - Cahethel
Auxilia a encontrar forças contra a adversidade. Favorece a prosperidade.
Gênio Contrário: Estimula o orgulho e a corrupção.
Planeta: Saturno
Salmo 94



QUERUBINS


Príncipe: Raziel
Ancoragem: Doces/Crianças

9 - Haziel
Favorece a reconciliação, a bondade, a justiça aos inocentes. Auxilia a obtenção da Graça de Deus.
Gênio Contrário: Domina a arrogância e os conflitos das grandes massas.
Planeta: Lua
Salmo 24

10 - Aladiah
Orienta na tomada de decisão e protege contra as maldades.
Gênio Contrário: Estimula os vícios e a desonestidade nos negócios.
Planeta - Júpiter
Salmo 32

11 - Laoviah
Auxilia na obtenção de vitória. Favorece os relacionamentos. Protege contra os desonestos.
Gênio Contrário: Tendência à vaidade.
Planeta: Saturno
Salmo 17

12 - Hahahiah
Revelador dos mistérios e segredos ocultos (pode revelá-los através dos sonhos). Favorece o equilíbrio.
Gênio Contrário: Estimula a libertinagem e a violência contra as mulheres.
Planeta: Netuno
Salmo 9

13 - Yesalel
Favorece os relacionamentos de modo geral. Ajuda a encontrar a felicidade.
Gênio Contrário: Influencia a discórdia, as brigas e a desunião na família.
Planeta: Saturno
Salmo 97

14 - Mebahel
Influencia no comportamento da justiça e a luz da verdade.
Gênio Contrário: Promove o falso testemunho, a mentira.
Planeta: Júpiter
Salmo 9

15 - Hariel
Está ligado aos sentimentos religiosos. Favorece os estudos e faz descobrir
novidades. Auxilia as pessoas que realizam conferências e palestras.
Protege as artes e ciência.
Gênio Contrário: Instiga a vaidade, a presunção.
Planeta: Marte
Salmo 93

16 - Hekamiah
Favorece as pessoas cuja função é liderar. Incentiva a coragem e auxilia na obtenção de vitórias.
Gênio Contrário: Estimula a violência física, as traições.
Planeta: Marte
Salmo 87



TRONOS

Príncipe: Tzaphkiel
Ancoragem: Música

17 - Lauviah
É invocado para vencer os tormentos do espírito. Protege o sono e faz revelações através dos sonhos.
Gênio Contrário: Inspira a depressão e inibe a fala.
Planeta: Sol
Salmo 7

18 - Caliel
Favorece a justiça e o conhecimento da verdade. Protege contra os inimigos e contra as adversidades.
Gênio Contrário: Promove os escândalos, as transações ilícitas, a inveja e o fracasso.
Planeta: Mercúrio.
Salmo 7

19 - Leuviah
Favorece a superação dos obstáculos, desenvolve a inteligência e conserva a jovialidade.
Gênio Contrário: Provoca o sarcasmo, o desespero e a desobediência.
Planeta: Vênus
Salmo 39

20 - Pahaliah
Domina os assuntos ligados à religião. Auxilia a encontrar a vocação certa.
Gênio Contrário: Tendência ao orgulho, à vaidade, à presunção de ser melhor do que os outros.
Planeta: Lua
Salmo 119

21 - Nelchael
Protege contra os caluniadores, maldosos e as más influências espirituais.
Gênio Contrário: Inspira à violência.
Planeta: Mercúrio
Salmo 30

22 - Ieiaiel
Influencia a fortuna, a viagem e ao êxito nas vocações, indicando novos caminhos.
Gênio Contrário: Favorece a opressão e os preconceitos.
Planeta: Mercúrio
Salmo 120

23 - Melahel
Protege contra o perigo de armas e assaltos. Influencia a busca do conhecimento das ervas curativas.
Gênio Contrário: Domina o charlatanismo, propaga as doenças sexuais.
Planeta: Lua
Salmo 120

24 - Haheuiah
Favorece os presos, exilados e as pessoas injustiçadas. Livra da violência.
Gênio Contrário: Leva à prática de crimes e incentiva a delinqüência.
Planeta: Vênus
Salmo 32



DOMINAÇÕES


Príncipe: Tsadkiel
Ancoragem: Velas/Oráculos

25 - Nith-Haiah
Favorece as descobertas para os esotéricos. Confere a paz, a harmonia e os assuntos mágicos.
Gênio Contrário: Domina a prostituição, encaminha para o mal e práticas de bruxaria.
Planeta: Saturno
Salmo 9

26 - Haaiah
Favorece para que os assuntos judiciais tenham êxito. Exerce influência sobre políticos, diplomatas e embaixadores.
Gênio Contrário: Provoca a violência, a desconfiança.
Planeta: Lua
Salmo 118

27 - Ierathel
Auxilia na iluminação das idéias, a encontrar a verdade e a justiça.
Gênio Contrário: Promove a injustiça e a intolerância.
Planeta: Saturno
Salmo 139

28 - Seheiah
Favorece a vida longa. Auxilia contra as enfermidades, a maldade e o fracasso nos assuntos comercias.
Gênio Contrário: Inspira a preguiça e o desleixo.
Planeta: Júpiter
Salmo 70

29 - Reyel
Favorece a prática de meditação, confere proteção contra aqueles que nos atacam. Desperta sentimentos de pureza e religiosidade.
Gênio Contrário: Domina a falsidade, o deboche e a discriminação racial.
Planeta: Marte
Salmo 53

30 - Omael
Exerce influência sobre médicos, químicos e cirurgiões Confere calma e paciência para as pessoas que buscam o equilíbrio.
Gênio Contrário: Promove a prática de atos sexuais violentos contra crianças.
Planeta: Sol
Salmo 70

31 - Lecabel
Auxilia na solução de problemas complicados. Protege as pessoas que trabalham no campo.
Gênio Contrário: Provoca a ganância, o orgulho.
Planeta: Sol
Salmo 70

32 - Vasariah
Favorece o equilíbrio, a justiça. Exerce influência sobre advogados, juristas e magistrados.
Gênio Contrário: Domina o ressentimento a maldade.
Planeta: Mercúrio
Salmo 32


POTÊNCIAS

Príncipe: Camael
Ancoragem: Animais

33 - Iehuiah
Confere intuição para descobrir o melhor caminho a seguir. Protege contra os inimigos.
Gênio Contrário: Instiga as revoltas e o mal uso da fala.
Planeta: Lua
Salmo 33

34 - Lehahiah
Protege as pessoas puras de sentimentos, mantento a verdade, a harmonia e a serenidade.
Gênio Contrário: Provoca a turbulência, a possessividade e o nervosismo
Planeta: Saturno
Salmo 130

35 - Chavakiah
É o protetor das famílias. Resolve os assuntos referentes a testamentos e
partilhas, promovendo a paz entre os herceiro. Mantém a harmonia entre
as famílias.
Gênio Contrário: Promove a confusão, influencia o autoritarismo.
Planeta: Mercúrio
Salmo 114, Vs I


36 - Menadel
Invocado para a preservação dos bens adquiridos, ajuda a recuperar bens ou
pessoas perdidas. Protege contra a difamação e calúnia.
Gênio Contrário: Influencia criminosos fugitivos e a prática da religião em benefício próprio.
Plantea: Lua
Salmo 79

37 - Aniel
Auxilia a obtenção de sucesso nos empreendimentos. Favorece o conhecimento e a
busca da iluminação interior através da prática da meditação.
Gênio Contrário: Domina a ambição e o materialismo.
Planeta: Lua
Salmo 79

38 - Haamiah
favorece a proteção contra os espíritos ignorantes. Auxilia a prática das ciências esotéricas.
Gênio Contrário: Provoca as ações contrárias aos princípios morais e religiosos.
Planeta: Saturno
Salmo 90

39 Rehael
Protege contra as maldades. Auxilia no encontro da paz interior. Influencia o amor entre os membros da família.
Gênio Contrário: Instiga a crueldade, o alcoolismo e a violência sexual contra crianças.
Planeta: Saturno
Salmo 29

40 - Ieiazel
Favorece os assuntos ligados à literatura e comunicação. Livra o coração das angústias e depressão.
Gênio Contrário: Inspira a depressão, o descuido com a aparência e o desânimo.
Planeta: Mercúrio
Salmo 87


VIRTUDES

Príncipe: Haniel
Ancoragem: Aromas

41 - Hahahael
Protege contra os inimigos da religião e as más línguas. Influencia a prática e dedicação ao sacerdócio.
Gênio Contrário: Domina falsos profetas, os aproveitadores da boa fé.
Planeta: Júpiter
Salmo 119

42 - Mikael
Influencia viagens e sucesso na área empresarial. Ilumina para descoberta de novos caminhos. Desvenda conspirações.
Gênio Contrário: Provoca a promiscuidade, a traição e a violência.
Planeta: Marte
Salmo 120

43 - Veuliah
Protege e liberta dos vícios. Destrói as forças dos inimigos. Influencia no
sucesso das empresas e fortalece aqueles que ocupam o poder.
Gênio Contrário: Promove a discórdia e o descontrole nas relações comerciais
Planeta: Marte
Salmo 87

44 - Yelaiah
Auxilia nos assuntos referentes à justiça. Protege contra armas e acidentes
Gênio Contrário: Influencia discussões, brigas e uso de drogas.
Planeta: Mercúrio
Salmo 118

45 - Sealian
Auxilia a encontrar a paz, libertando da opressão. Seu domínio é a Natureza.
Gênio Contrário: Instiga o orgulho e a insensibilidade.
Planeta: Sol
Salmo 93

46 - Ariel
Favorece a descoberta de mistérios. É o Anjo da Gratidão; pode revelar segredos através dos sonhos.
Gênio Contrário: Promove a turbulência, os escândalos, os tormentos espirituais e a obsessão.
Planeta: Saturno
Salmo 144

47 - Asaliah
Favorece a iluminação e a descoberta das verdades contidas no Universo.
Gênio Contrário: Provoca os escândalos.
Planeta: Vênus
Salmo 104

48 - Mihael
Desperta o sentimento de união entre as pessoas, favorece a intuição e inspiração.
Gênio Contrário: Promove o divórcio, a infelicidade, promovendo a separação entre casais.
Planeta: Vênus
Salmo 97


PRINCIPADOS

Príncipe: Raphael
Ancoragem: Cristais

49 - Vehuel
Inspira as ações da humanidade para a glória do nome de Deus.
Gênio Contrário: Instiga o egoísmo, a inveja e as maldades.
Planeta: Mercúrio
Salmo 144

50 - Daniel
Auxilia nos momento de indecisão a encontrar o caminho certo. Ajuda a conseguir a Misericórdia Divina.
Gênio Contrário: Promove a agressividade.
Planeta: Lua
Salmo 102

51 - Hahasiah
Desperta o desejo de descobrir o que está oculto através do conhecimento e sabedoria.
Gênio Contrário: Influencia ao desleixo, o abuso da boa fé das pessoas e a vida de mendigo.
Planeta: Lua
Salmo 103

52 - Imamaiah
Auxilia a combater as forças dos inimigos. Socorre aqueles que necessitam de
ajuda. Favorece o trabalho honesto. Protege as viagens para que sejam
bem sucedidas.
Gênio Contrário: Inspira a vaidade, a má educação e os conflitos.
Planeta: Júpiter
Salmo 7

53 - Nanael
Favorece as ciências ocultas, a justiça e a educação.
Gênio Contrário: Inspira a auto-destruição, os sentimentos negativos a respeito de si mesmo.
Planeta: Saturno
Salmo 118

54 - Nithael
Protege todo aquele que se dedica à vida religiosa, os chefes de estados, os
presidentes e as pessoas que ocupam cargo de liderança.
Gênio Contrário: Promove a agressividade, as intrigas e o preconceito social.
Planeta: Júpiter
Salmo 102

55 - Mebahiah
Favorece a religiosidade, protege as crianças. Auxilia nos momentos de dificuldades.
Gênio Contrário: Inspira a mentira e as falsas promessas
Planeta: Júpiter
Salmo 101

56 - Poiel
Proporciona poder e prestígio desde que as ações sejam para o bem. Auxilia a vencer os conflitos.
Gênio Contrário: Provoca a agressividade, a vaidade, a corrupção e o crime.
Planeta: Sol
Salmo 144


ARCANJOS

Príncipe: Mikael
Ancoragem: Flores

57 - Nemamiah
Favorece a prosperidade. Auxilia nas relações entre patrões e empregados.
Gênio Contrário: Instiga a crítica e a inveja. Promove conflitos nos ambientes onde a pessoa estiver presente.
Planeta: Marte
Salmo 113

58 - Ieialel
Auxilia a encontrar a paz interior. Protege contra as maldades e a traição.
Influencia as pessoas que trabalham com produtos de ferro.
Gênio Contrário: Promove a vingança e o sarcasmo.
Planeta: Marte
Salmo 6

59 - Harahel
Favorece os lucros pelo comércio de livros, a vertilidade, as trocas, a ajuda à criança na relação com os pais e professores.
Gênio Contrário: Instiga o mau uso dos bens alheios, a falsificação, a destruição através do fogo e a falência.
Planeta: Sol
Salmo 112

60 - Mitzrael
Favorece a obediência e fidelidade. Auxilia aqueles que são vítimas de perseguições.
Gênio Contrário: Instiga ao alcoolismo, às drogas, à agressividade e à impulsividade,
Planeta: Lua
Salmo 144

61 - Umabel
Auxilia as amizades, os estudos ligados à Psicologia e às Ciências Esotéricas.
Gênio Contrário: Provoca a indiferença, o isolamento e a dificuldade nos relacionamentos.
Planeta: Vênus
Salmo 112

62 - Iah-Hel
Desperta a sabedoria e o surgimento de novas idéias para auxiliar a humanidade a encontrar a paz.
Gênio Contrário: instiga a escândalos, a inconseqüência nos relacionamentos. Provoca conflitos no lar e na família.
Planeta: Saturno
Salmo 118

63 - Anauel
Protege contra acidentes. Auxilia a encontrar novas idéias.
Gênio Contrário: Provoca comportamento de maus pagadores.
Planeta: Saturno
Salmo 2

64 - Mehiel
Favorece o equilíbrio das emoções e protege contra acidentes de trânsito. Influencia o estudo e a sabedoria.
Gênio Contrário: Instiga a vaidade e a concorrência desleal.
Planeta: Mercúrio
Salmo 32


ANJOS

Príncipe: Gabriel
Ancoragem: Frutas

65 - Damabiah
Protege contra a negatividade. Influencia as atividades marítimas, comércio, viagens e pesquisas.
Gênio Contrário: inspira as emoções exageradas, tendências suicidas.
Planeta: Luz
Salmo 89

66 - Manakel
Favorece a calma e a prudência. Inspira à música e à poesia.
Gênio Contrário: Instiga a ingratidão, o desânimo e os escândalos.
Planeta: Netuno
Salmo 37

67 - Ayel
Protege contra as adversidades. Favorece s estudos das religiões. Auxilia na
preservação dos bens materiais conseguidos por meio honesto.
Gênio Contrário: Provoca os excessos, a frustração.
Planeta: Netuno
Salmo 105

68 - Habuhiah
Promove a cura de doenças. Influencia a agricultura.
Gênio Contrário: Provoca as doenças e os maus presságios.
Planeta: Lua
Salmo 105

69 - Rochel
Auxilia a encontrar objetos roubados e os responsáveis pelo roubo. Influencia a fortuna e a conquista do sucesso.
Gênio Contrário: Instiga a impulsividade, o orgulho e as fraudes.
Planeta: Júpiter
Salmo 15

70 - Yabamiah
Favorece a harmonia na Natureza, recupera aquelas pessoas que se entregam aos vícios.
Gênio Contrário: Promove os conflitos no casamento, causa brigas e desentendimentos.
Planeta: Sol
Salmo 91

71 - Haiaiel
Protege contra a maldade e liberta os oprimidos. Auxilia o encontro da verdade. Promove a serenidade, a vitória e a força.
Gênio Contrário: Instiga à deslealdade.
Planeta: Marte
Salmo 108

72 -
Favorece as grandes descobertas. Domina a Medicina, a Física e auxilia na longevidade.
Gênio Contrário: Provoca o ódio por si mesmo, a agonia, a revolta contra a família e o suicídio.
Planeta: Netuno
Salmo 114


Capturado online de http://cantinhomisticismo.blogspot.com.br/2013/05/a-hierarquia-dos-anjos.html em 26/12/2015
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