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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Mistérios da Alquimia

Alquimia  é uma prática ancestral, a antiga química exercitada na Era Medieval. Ela une em seu amplo espectro cognitivo noções de química, física, astrologiaartemetalurgia, medicina, misticismo e religião. A crença mais difundida é a de que os alquimistas  buscam encontrar na Pedra Filosofal, mítica substância, o poder de transformar tudo em ouro e, mais ainda, de proporcionar a quem a encontrar, a vida eterna e a cura de todos os males.

Os alquimistas procuravam intensificar a busca deste Elixir através de experiências laboratoriais que utilizavam os quatro elementos, essenciais nos trabalhos alquímicos: fogo, água, terra e ar. Na observação extrema da Natureza e de seus componentes, os alquimistas alcançaram conhecimentos muito importantes, alguns deles só recentemente retomados pela Física Quântica, como a evidência de que todas as coisas se encontram interconectadas no Cosmos. Esta visão holística contribuiu muito para as curas realizadas pelo médico suíço Philippus Paracelsus, que em sua missão de curador partia deste ponto de vista. Ele acreditava que substâncias como o sal, o mercúrio e o enxofre permeiam todos os seres vivos, até mesmo o organismo humano.Segundo os pesquisadores, porém, a Alquimia vai além. Suas metas têm um valor simbólico, o que significa que na verdade seus praticantes visam algo maior – a transmutação espiritual. Assim sendo, o famoso Elixir da Longa Vida nada mais seria que um recurso próprio do organismo humano, capaz de conceder àqueles que realizam o longo processo de purificação espiritual uma vida dilatada ao infinito. Afirma-se que esta substância é também um ponto importante na filosofia da Yoga

Atualmente, esta mesma crença é resgatada pela Antroposofia, corrente espiritualista que também compara conceitos da Alquimia com forças ativas da alma – o pensamento corresponderia ao sal; o sentimento ao mercúrio e o desejo ao enxofre. Alguns de seus pensadores vêem o ouro perseguido pelos alquimistas como uma representação do ‘self’, a essência humana.

Embora a Alquimia não seja atualmente considerada uma Ciência, tal como o conhecimento científico é hoje concebido, e sim uma visão espiritual mais preocupada com antigas tradições do que com a descoberta de novidades, ela é considerada uma ancestral da Química moderna e da própria Medicina. Além das experiências químicas de que se ocupavam os alquimistas, havia a constante preocupação com a realização de uma série de ritos.
 A Alquimia lidava igualmente com alguns pontos da Cabala e da Magia, além de cultivar uma filosofia hermética. Da teoria cabalística a Alquimia herdou a busca da harmonia dos contrários. A Pedra Filosofal poderia ser, portanto, a procura da perfeição, que não poderia ser alcançada sem o equilíbrio entre as polaridades de que o Homem se reveste. Portanto, a manipulação dos metais seria um símbolo da metamorfose espiritual pela qual passa cada um dos seres vivos. Mas muitas são as interpretações dos textos alquímicos, e até hoje não se chegou a um consenso sobre o real significado dos símbolos da Alquimia.

pedra filosofal (ou mercúrio dos filósofos) era o principal objectivo dos alquimistas. Com ela o alquimista poderia transmutar (conversão de um elemento químico em outro) qualquer metal inferior em ouro, como também obter o "Elixir da Longa Vida", uma panaceia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. O Elixir poderia ser sintetizado por meio da pedra filosofal, que era uma substância mítica que os alquimistas pretendiam produzir.

O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado pelos alquimistas de "A Grande Obra".

Aparentemente, o trabalho de laboratório dos alquimistas na busca pela pedra filosofal era, na verdade, uma metáfora para um trabalho espiritual. Neste sentido, a transmutação dos metais inferiores em ouro seria a transformação de si próprio de um estado inferior para um estado espiritual superior.

Torna-se mais claro a razão para ocultar toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de "metais", se nos lembrarmos que na Idade Média qualquer um poderia ser acusado de heresia, satanismo e outras coisas, acabando por ser queimado na fogueira pela inquisição da Igreja.

Como se disse, a pedra filosofal poderia não só efectuar a transmutação, mas também elaborar o "Elixir da Longa Vida", uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se Paracelso (famoso médico, alquimista, físico e astrólogo).

A busca por esta pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas. (Santo Graal, ou Sangreal, é uma expressão medieval que designa normalmente o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia). 

No seu romance "Parsifal", Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por Seres Celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, considerada sagrada, que é tornada objecto de culto em Meca.

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Capturado online em http://www.infoescola.com/quimica/alquimia/ 04/04/2013

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